A moça do coração bobo

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(Poemas, Poesias, Crônicas e Aforismos)

Saí pela rua recitando o teu descuido me prometendo que nunca iria te cobrar cuidados e nem amor. Fui segurando o choro daqueles doídos da falta de amor. E me repetia a cada batalha perdida, quando uma lágrima caía, que eu não iria mais escrever sobre você. Que eu não iria mais sentir saudades. E que eu deixaria o tempo amenizar essa dor e curar o meu coração cansado. Ah, coração cansado esse meu. Mas deixa isso pra lá...

Sobre a Autora:

Meu nome é Daíse, com o í bem forte mesmo. Não é Deise. Mas todo mundo erra e eu sempre corrijo todo mundo o tempo todo. Nasci na Bahia, bem depois das águas de março que fecham o verão, mas amo a primavera. Eu tenho medo de sapos, baratas, macacos, cachorro bravo e petroleiro. Dou risadas o tempo todo e choro com a mesma facilidade. Não uso tênis porque eles me dão falta de ar e com luvas perco o equilíbrio. Amo vestidos e também a cor amarela, ipês amarelos e girassóis. Outro dia eu escolhi a cor da parede do meu quarto e o moço da casa de tintas disse que não tinha a cor amarelo-amanhecer, mas ele prometeu que vai criar uma linha de tintas só para poetas. Continuo aguardando.

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